INSTRUÇÕES PARA O APRENDIZ.
Não movimente os braços, pulsos e mãos. Todo o movimento deve ser feito somente pelos dedos. A batida deve ser leve, no centro da tecla. Não aperte (empurre) a tecla. Bata-a e solte-a imediatamente. Bata as teclas com a mesma força e com igual ritmo.
Não corra no início da aprendizagem. “Quem corre cansa”. Bata devagar e com ritmo. A velocidade virá com o tempo, naturalmente.
Digite a lição até conseguir batê-la sem erros. Bata somente meia hora por dia. Mais do que isso é muito cansativo e improdutivo.
Só passe para outra lição se a que estiver batendo ficar cem por cento certa, como a do texto original, inclusive na estética.
NÃO OLHE PARA A MÁQUINA! NÃO OLHE PARA O TECLADO! NÃO OLHE PARA O PAPEL! Olhe para o papel somente depois de terminar de digitar o texto, para verificar os erros.
Não precisa aprender a bater o teclado dos números. Aprenda a bater somente as lições do 1º, 2º e 3º teclados, respectivamente.
Poderá bater todas as lições de qualquer método usando espaço 1 (um) entre linhas, para economizar papel. No entanto, é bom saber que o espaço 1,5 é o normalmente usado em concurso.
Para bater a tecla do espaço, use sempre o polegar da mão esquerda.
Em Datilografia, a prática é tudo. Portanto, treine com freqüência. Não passe longos períodos sem digitar. Treinando meia hora por dia, de segunda a sexta, é suficiente.
Antes de começar bater o texto, não se esqueça de anotar as horas, para que, ao terminá-lo, saiba exatamente quantos minutos gastou. Anote o tempo gasto no próprio papel em que bateu o texto.
Só comece a bater os textos depois de terminar todas as lições do método que estiver usando. Após terminar de bater o texto a primeira vez, analise detidamente os erros que teve. Bate-o novamente, a fim de eliminar, o máximo possível, esses erros. Passe, então, para outro texto. Não bata o mesmo texto mais de duas vezes seguidas. Ao chegar ao texto de nº 100, volte ao primeiro e proceda da mesma forma como das vezes anteriores.
Se seguir à risca todas as orientações acima, aprenderá a digitar sozinho e será um ótimo datilógrafo. No entanto, caso queira freqüentar uma escola de datilografia, terá que saber escolher uma que realmente ensina. Se chegar a uma escola e verificar que os alunos estão digitando “catando milho” e olhando direto para o teclado, não perca tempo em freqüentá-la, porque irá desaprender e jogar seu precioso dinheiro fora. É fácil aprender a digitar sozinho, desde que tenha força de vontade.
SEGUNDA PARTE.
TIPOS DE ERROS E PONTOS DESCONTADOS.
Serão descontados 10 (dez) pontos:
Se o candidato deixar de bater ou repetir uma linha, ou conjunto de palavras.
Serão descontados 5 (cinco) pontos para:
Cada linha que faltar para completar o texto.
Espaçamento entre linhas diferente do original.
Parágrafo com número de toques a mais ou a menos.
Margem direita que não contiver as mesmas palavras do texto.
Serão descontados 2 (dois) pontos para:
Espaço entre palavra omitido ou excessivo.
Espaço desnecessário entre as letras.
Batida fora da margem.
Palavra saltada.
Palavra acrescentada.
Palavras trocadas.
Palavras invertidas.
Palavras sobrepostas.
Letra excedente.
Letras trocadas.
Letras invertidas.
Letra muito apagada.
Falta de letra.
Letras sobrepostas.
Acento excedente.
Acento trocado.
Acento deslocado (para a esquerda ou para a direita).
Acentos sobrepostos.
Falta de acento.
Sinal excedente.
Sinais trocados.
Sinais invertidos.
Falta de sinal.
Sinais sobrepostos.
Falta de maiúscula.
Uso indevido de maiúscula.
TERCEIRA PARTE.
A PROVA.
A prova de Datilografia consiste em copiar, durante seis minutos, um trecho impresso contendo novecentos toques (20 linhas de 45 toques cada uma).
Mantenha-se calmo, descontraído, e procure começar a prova datilografando lentamente as primeiras linhas, até adquirir confiança. Progressivamente, vá aumentando o ritmo, até atingir a velocidade normal. Verificará, então, que o índice de erro será diminuto e que o tempo concedido é mais do que suficiente para datilografar todo o trecho, sem afobação.
A fim de obter o máximo de rendimento, siga as instruções abaixo:
Não é obrigado a copiar o trecho exatamente como se apresenta (20 linhas e 45 toques cada); não obstante, é preferível que observe essa disposição, já que, pelo fato de coincidirem o término e o início de cada linha, ganhará tempo e ainda evitará erros graves (omissões de palavras ou linhas, por exemplo).
Evite cometer os seguintes erros:
Não inicie a prova sem observar o parágrafo. Dê a quantidade de espaços que for necessária antes de iniciá-lo.
Não use “traço” ou “barra” (- /) no final da linha. Se ao terminar cada linha, ainda restar um, dois ou três espaços, não o preencha com traço ou barra, pois constitui erro. É preferível deixá-lo em branco, caso não dê para iniciar nova palavra.
Assim que for distribuído o papel da prova, procure imediatamente fixar a margem do lado esquerdo, pois constitui erro apresentá-la de modo desuniforme. Já na margem direita tal não acontece, pois há tolerância de até 3 toques.
Os erros mais graves resultam da omissão de palavras ou linhas, ou repetição desnecessária delas. Procure, portanto, datilografar com cuidado, sem afobação, já que o tempo é suficiente para tanto.
QUARTA PARTE.
OS TEXTOS.
TEXTO Nº 1.
O Rio Grande do Norte é isso: sal, sol, nordeste. Barreira do Inferno, viagens espaciais, industrialização. Algodão do Seridó, salinas de Mossoró e miragens. Luta contra a seca, praias de areias coloridas, céu limpo. O último forte do folclore brasileiro, a melhor carne-de-sol do Brasil. O litoral potiguar tem um céu limpo todo o ano, ventos fracos e regulares, chuvas rápidas.
Saindo das cidades do litoral começa a surgir a imagem do sertão nordestino: as caatingas arbóreas desaparecidas pelas derrubadas acima do recomendável, a terra seca, vestígios da existência das florestas que nunca foram grandes. Escassez de chuvas e secas periódicas.
No interior, os grandes problemas estão concentrados nas deficiências em termos de transporte, água, saúde pública, centros de treinamentos, energia e mão-de-obra. Há falta de capital para gerar indústrias. O subsolo é riquíssimo.
TEXTO Nº 2.
Dizer que o chão (a pista, a escada etc.) está escorregando, pode bem ser o reflexo de uma dose a mais de uísque... Após a ressaca, chega-se logo à conclusão da forma correta: Escorregadio. Ex.: Chove, a pista está escorregadia; a empregada está fazendo limpeza. Cuidado! O piso está escorregadio etc.
O desregramento na ingestão de bebida alcoólica, traz uma série enorme de inconvenientes. Os imoderados no uso do álcool, expõem-se a situações tão lamentáveis como aquelas em que se subdivide o seu estado de descontrole – as chamadas três fases do embriagado: a do leão, a do macaco e a do porco (logo que o álcool lhe começa a subir, vira leão! Quer briga com todo mundo; lá pelo meio, começa a fazer macaquices para, no fim – a fase do porco – expelir pela boca o alimento que ingerira). O alcoólatra é, antes de tudo, um paciente para o qual devem ser voltadas as atenções das pessoas compreensivas e, sobretudo, caridosas.
TEXTO Nº 3.
A datilografia é hoje encarada como um complemento cultural e técnico, indispensável a qualquer indivíduo, seja estudante, professor, comerciante, médico ou advogado.
Caracterizado pela exigüidade de tempo e excesso de trabalho, a vida moderna tornou a escrita à máquina uma exigência insubstituível.
A máquina de escrever venceu em todos os setores de trabalho, e, para que se possa usufruir de todo o proveito que ela nos oferece, é necessário saber escrever com os dez dedos, conhecer a nomenclatura assim como as funções e utilidades de suas principais peças.
Como diz o velho ditado: “O saber não ocupa lugar”. Saiba você, também, escrever à máquina com rapidez e perfeição, mas não estude sem mestre, pois método e mestre são indispensáveis na formação de um bom datilógrafo.
TEXTO Nº 4.
Era um dia um velho chamado Zusa, que trabalhava pelo ofício de carapina. A sua oficina era um brinco, sempre asseada, a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.
Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome apropriado. O martelo chamava-se toc-toc, o formão, rompe-ferro, o serrote, vaivém.
Quando um carapina do lugar precisava de uma, corria logo à oficina do Zusa, a pedir-lhe de empréstimo.
Mas, tantas lhe fizeram, demorando a entrega ou ficando com as ferramentas, algumas vezes, que o velho resolveu parar com os empréstimos.
Certo dia foi à oficina um menino, de mando do pai, e disse:
Papai manda-lhe muitas lembranças e também pedir-lhe emprestado o vaivém.
Mestre Zusa pôs as cangalhas no nariz e respondeu:
- Menino, volta e diz a teu pai que se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai.
TEXTO Nº 5.
Silenciou, com a morte de John Lennon, a voz mais enérgica de uma geração. Mas os jovens, de todas as idades, de todos os lugares e todas as épocas, não a esquecerão. John Lennon traduziu, em música e letra, na sua voz e na sua guitarra, tanto no seu comportamento público quanto no privado, a esperança por um mundo mais livre, mais pacífico e mais belo. Ele foi a aguda consciência crítica, não só dos Beatles, mas de todos, jovens e velhos, homens, mulheres e crianças, do mundo inteiro, que compreenderam e amaram sua música. Negar os preconceitos, ridicularizar a hipocrisia, colocar em questão as instituições, libertar a mente e o corpo, protestar contra a guerra, a fome e a injustiça e, finalmente, acreditar acima de tudo no poder do amor – esses objetivos da arte de Lennon expressam nossos anseios mais corajosos e mais saudáveis, num século de violência e crueldade. A violência e a crueldade existem para serem enfrentadas. E a trajetória, artística e humana, do menino pobre de Liverpool, foi tão intensa quanto profunda.
TEXTO Nº 6.
Um dos nomes mais brilhantes da história da Matemática é, sem dúvida, Arquimedes.
Nasceu em Siracusa, no ano 287 antes do nascimento de Cristo, e sua vida foi inteiramente dedicada à Matemática, à Física e à Astronomia.
Muitas de suas concepções foram estudadas e desenvolvidas nos tempos modernos, e deram origem a grandes progressos das ciências nos últimos séculos.
Deve-se a Arquimedes inúmeras invenções mecânicas que tornaram seu nome respeitado pelos próprios inimigos de sua Pátria.
Foi, porém, na segunda guerra púnica, quando em defesa de sua Pátria, que mais se revelou seu gênio inventivo com a construção de armas ofensivas e aparatos guerreiros que durante longos anos resistiram ao exercício de Marcelo, tido como o mais poderoso.
Construiu gigantescas catapultas que lançavam pedras, flechas e outros projéteis a distâncias consideráveis, fazendo com que o inimigo por várias vezes desistisse do cerco. Imensas máquinas com arpões que agarravam as galeras romanas, afundando-as ou atirando-as contra os rochedos, foram também criações de Arquimedes.
TEXTO Nº 7.
Desde os primórdios da Civilização, vem o homem valendo-se de registros para fixar, em determinado instante, o “quantum” de sua riqueza, utilizando-se, para tanto, dos meios que o estágio do progresso lhe propiciava.
Somente nos meados do século XIII, no entanto, é que esses registros passaram a obedecer a um determinado método de escrituração: o método das partidas dobradas, que deu origem ao atual sistema contábil. Seu precursor foi o Frade Luca Paciolo, que, em 1494, com base nos registros comerciais então adotados pelos negociantes de Veneza, o formulou e deu divulgação.
Esse método tem como vantagem insuperável a escrituração simultânea, no débito e no crédito, das alterações do patrimônio.
TEXTO Nº 8.
Da festa de congraçamento nacional em que se transformou a participação brasileira na Copa do Mundo, a grande lição que fica e permanece é a de que o nosso povo é mobilizável para as grandes causas e possui um extraordinário espírito de solidariedade. O que faltava era tocar as cordas sensíveis desse povo. A oportunidade nasceu e explodiu agora com a conquista do tricampeonato pela Seleção Brasileira de futebol. Não houve uma casa brasileira, por mais humilde, que não manifestasse o seu orgulho de brasilidade. Nunca se viu o Pavilhão Nacional tão confundido e identificado com as manifestações populares, como nos dias que acabam de transcorrer.
O povo brasileiro soube reconhecer o alto valor da jornada do nosso selecionado, tributando-lhe homenagem das mais justas, pois cada jogador brasileiro deixou nos gramados do México o suor do seu esforço, do seu talento, de sua dedicação.
TEXTO Nº 9.
Do Amazonas ao mais humilde córrego do interior, os nossos rios desempenham um papel essencial na vida do País.
E a cada dia se tornam mais importantes, porque têm de sobra uma coisa que anda fazendo falta em todo o mundo: nossos rios são ricos em energia.
Por isso, todas as centrais térmicas que utilizem derivados do petróleo serão substituídas ou convertidas para uso de outra fonte de energia primária. E vamos economizar mais petróleo.
Novas reservas naturais serão exploradas com a construção de mais hidrelétricas, enquanto fontes alternativas como e carvão e a energia nuclear serão também utilizadas.
Todo esse trabalho, que envolve o desenvolvimento e a aplicação de tecnologia do mais alto nível, além de um grande esforço administrativo e financeiro, está sendo feito para garantir, em todas as regiões do País, o fornecimento de energia derivada de uma fonte nacional, renovável, que não polui, e que temos de sobra: a água dos nossos rios.
TEXTO Nº 10.
Há cerca de 2000 anos antes do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, habitava a Mesopotâmia, país situado entre os rios Tigre e Eufrates, um povo que se tornou famoso por ter sido construtor, agricultor, comerciante e astrônomo célebre.
Se os egípcios conseguiram fama com suas gigantescas pirâmides, os seus magníficos templos e obeliscos, uma reputação não menor gozam os construtores babilônios, pois sabe-se que, já nessa época, a Mesopotâmia era atravessada por uma rede de canais (dos quais alguns navegáveis) e possuía grandes lagos artificiais que punham em comunicação o Tigre com o Eufrates. O terreno assim irrigado tornava-se fértil e barragens defendiam os campos das inundações do Eufrates cujas margens eram ligadas por uma ponte de mais de 200 metros de comprimento.
TEXTO Nº 11.
Seres primitivos, dotados de armadura, de placas espinhosas e escamas sobrepostas, sem mandíbula e com três olhos na cabeça deram origem, há 400 milhões de anos, às 30.000 espécies de peixes que conhecemos hoje.
Como contar a sua idade?
As escamas apresentam-se com os aspectos mais variados, mas se examinarmos qualquer delas com atenção, veremos uma série de círculos; através deles podemos saber a idade dos peixes. Mas, a cada círculo não corresponde um ano de crescimento.
Um peixe não cresce sempre o mesmo através do ano. Nos meses quentes, quando a comida não falta, cresce rapidamente, o que provoca em cada escama uma quantidade de anéis bastante distanciados. Nos meses frios, os peixes crescem muito devagar e às vezes nem chegam a crescer. Os seus anéis de crescimento são poucos e muitos fundos. Este conjunto de anéis forma uma espécie de linha mais acentuada. Para conhecermos com exatidão a idade de um peixe devemos contar apenas linhas pois, uma, marca a passagem de um inverno.
TEXTO Nº 12.
Medir o tempo foi sempre uma preocupação para os antigos, pois o tempo, que não podemos segurar ou guardar, só pode ser medido, registrando-se as repetições de acontecimentos periódicos.
Antigamente, os dias eram calculados de um a outro nascer do sol, de uma a outra lua cheia, ou de uma a outra primavera. Os índios contavam os anos por invernos ou verões, os meses por luas, e os dias por sóis. É evidente que as horas de claridade entre a aurora e o escurecer variam muito durante o ano, mas o período que vai de uma lua cheia a outra é constante, daí os antigos concluírem que a maneira mais exata de medir o tempo consistia em tomar como medida os corpos celestes.
TEXTO Nº 13.
Jamais diga que o preço do carro foi barato; que o preço da casa é caro etc. Preço, é alto ou baixo; caro ou barato, é o que se pretende comprar. O canário foi barato (seu preço foi baixo); o gravador é caro (seu preço é alto) etc.
Ainda que se generalize paulista, para ambos, o fato é que paulista é para os nascidos no interior – SP; os da capital são paulistanos.
Vou na fazenda; vamos nos Estados Unidos; fui na cidade; Tadeu foi no teatro etc. são erronias de largo emprego. Consertar assim: Vou á fazenda; vamos aos Estados Unidos; fui à cidade; Tadeu foi ao teatro etc.
CHUCHU! Está é a palavra que, em português, bate todos os recordes de formas geradas pela dúvida: xuchú, xúchú, xuchu, xuxu, xúxú, xuxú, chúchú, chuchú, chúxú, chuxú, chuxu e chuchu! Já anotamos, em várias oportunidades, essas onze formas erradas – e até a certa (chuchu)...
TEXTO Nº 14.
ENERGIA
Quando se quer executar um trabalho, como levantar um corpo ou movimentar um veículo, precisamos lançar mão de uma forma de energia.
A energia pode apresentar-se na natureza sob as mais variadas formas: energia mecânica, elétrica, térmica, atômica (reatores nucleares), radiante (raios X, raios cósmicos, luz), etc...
Essas diferentes formas de energia têm a propriedade de transformar-se umas nas outras. Assim, quando se freia um automóvel, a energia cinética do veículo transforma-se em calor nos freios, devido ao atrito. Tal fato constitui um exemplo de energia mecânica convertendo-se em energia térmica.
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