A infectologista Tânia Marcial explica que toda vacina pode ter algum tipo de reação, mas garante que a vacina da gripe é considerada segura. Entre as reações mais comuns, ela destaca dor no local. Já a gripe pós-vacina, relatada por alguns pacientes, segundo ela, é erroneamente relacionada à dose. "A vacina leva duas semanas para fazer efeito e nesse período pode acontecer da pessoa ficar gripada, mas as pessoas confundem e acham que é efeito", pondera. Complicações mais sérias como a Síndrome de Guillain Barré, segundo a médica, também podem ocorrer, mas são raras e provocadas por qualquer outra vacina.
Ainda de acordo com a médica, idosos com problemas respiratórios precisam tomar a dose contra a gripe. Mas quem está com febre ou tem alguma doença aguda deve aguardar uma melhora antes de ser vacinado. Quem já ficou gripado ou teve H1N1 também precisa ser vacinado, segundo Tânia Marcial, já que há três vírus circulando (H1N1, H3N2 e B) e os vírus mudam de um ano para o outro. "Quem já teve H1N1 não está imune à doença. A vacinação é a melhor medida de prevenção", comenta. A vacina ofertada na rede pública é a trivalente, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2), e Influenza B.
A vacina é produzida segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), com base nos vírus que estão circulando em cada hemisfério em um dado momento. Em Minas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), o vírus predominante é o H1N1, que já tem 53 casos confirmados e 12 óbitos. Nos grupos prioritários para a vacina, estão indivíduos com 60 anos ou mais de idade; crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores de saúde; povos indígenas e pessoas com doenças crônicas como diabetes, asma, bronquite, por exemplo, e outras condições clínicas especiais, como pessoas transplantadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário